segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor



Para comemorar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a BLAO realizou um trabalho de elaboração de frases simples a partir do desafio, "Ler é...". Esta atividade envolveu alunos do 7º, 10º e 12º anos e o envolvimento da Associação de Estudantes.
Conheça aqui a Mensagem de Irina Bokova, Directora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial do Livro.

Semana da Leitura

Ainda no âmbito da Semana da Leitura e com o objetivo não apenas de promover a leitura mas também de diversificar os suportes desta e e de incentivar a um outro olhar sobre o mundo, foi lançado em articulação com o Prof. Arnaldo o Concurso " Este livro é a minha cara!"

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Queres saber quanto tempo demorará a leitura do livro que vais ler ?

 
Com esta nova ferramenta howlongtoreadthis  poderás conhecer o tempo aproximado que um livro (em formato físico) demorará a ler. Esta simples ferramenta calcula o tempo em termos de "leitor médio" que tem uma velocidade de leitura de 300 palavras por minuto. 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Dia 9 no Teatro Garrett : Palestra com o Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes

No próximo dia 9 de abril, pelas 15.30, o Teatro Garrett recebe a convite das Professoras Isolete Milhazes e Natália Pereira o Professor Catedrático de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras de Coimbra e Coordenador do Centro de Literatura Portuguesa, Prof. Dr. José Augusto Cardoso Bernardes (*) com o objetivo de sensibilizar os alunos da ESEQ para a aprendizagem do Programa Literário da Disciplina de Português.





(*) entre os trabalhos que publicou destacam-se O Bucolismo Português (1988), Sátira e Lirismo no Teatro de Gil Vicente (1996), História Crítica da Literatura Portuguesa. Humanismo e Renascimento (1999), Revisões de Gil Vicente (2003) e A Literatura no Secundário. Outros Caminhos (2004). Foi co-director de Biblos. Enciclopédia Verbo de Literaturas de Língua Portuguesa (1995-2004).

terça-feira, 7 de abril de 2015

A Linguagem das Flores

 
 
Porque a Primavera chegou, vamos falar a Linguagem das Flores...
 
 
III - Ao Entardecer

Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos ...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...

Poemas Completos de Alberto Caeiro

Homenagem a Herberto Helder

 “o lugar de Herberto Helder na literatura portuguesa equivalerá ao de Fernando Pessoa na primeira metade do século XX” (*)
 
 
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.

- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne. 
                                        Herberto Helder
 
(*) Pedro Mexia in artigo Morreu Herberto Helder, a voz mais fulgurante da poesia portuguesa de Luís Miguel Queirós Público de 24/03/2015